Um ano daqueles...

Talvez porque prometi à um amigo querido que nesse novo ano que está chegando eu voltaria a escrever ou porque 2016 fez por merecer uma reflexão, não sei, mas sinto necessidade hoje de por alguns sentimentos no “papel”, lá vai e vai sem medo tá?

Viver meus sentimentos plenamente me fizeram experimentar sensações extremas, 2016 foi aquele ano que já começou mudando tudo, sabe quando você vem de um processo doloroso de aprendizado? Quando passa por situações necessárias para seu crescimento, mas que obviamente na hora da dor não é capaz de perceber isso? 2015 foi isso, dor e crescimento através da dor, mas nada é desnecessário e cresci, aprendi que às vezes é preciso perder o chão pra reaprender a andar e um passinho de cada vez fui construindo um novo caminho. No réveillon de 2016 não tinha desejos concretos, só tinha vontade de agradecer por ter me reencontrado.

E o novo ano chegou chegando, se desejei  mudança, ele começou a bagunça já nos primeiros dias do ano, abracei o desafio de mudar tudo, e foi tão fácil que nem dava pra acreditar, deu medo, claro! A zona de conforto é atrativa demais, mesmo quando não te faz bem e é ai que mora o perigo... Esse ano “moleque” trouxe novos desafios e muita saudade, teve momentos difíceis, frustrações, e a velha pergunta “será que é isso mesmo que quero?” mas tive bastante ajuda pra não desistir do que sonhei e lutei pra alcançar.  Posso dizer que vivi um ano surpreendente em vários sentidos.

Mas de todas as coisas que aprendi nesse ano que está acabando a mais importante é que a vida dá voltas e ela te coloca exatamente onde você deveria estar e às vezes parece que ela tá gargalhando na sua cara de tão louca que ela pode ser... 

Então, escolhi viver, louca e intensamente todas as versões possíveis de mim mesma, entendi que a minha felicidade não é negociável e vou lutar bravamente pra nunca mais me esquecer disso, essa é a minha promessa pra 2017!

Caminhar

Ei? Você ta indo pelo caminho certo?

Foto do arquivo pessoal da autora

Não sei, já andei por tantos caminhos, acreditei com toda força que era o certo, até encontrar um muro ou um abismo... Inevitavelmente eu chorei, podia dizer que fui forte né? Que não me importei em dar passos de ré, de andar pelas mesmas estradas, que encarei a vida sempre firme e confiante. Não, amigo, chorei de dor, de raiva, mas a raiva não é de todo ruim ela sempre te faz seguir, ruim é guardá-la por muito tempo e isso realmente eu não fiz...  Insuportável é se sentir impotente, fraco, culpado, traído, errado... Mais fácil perdoar mil pessoas que a si mesmo, ao menos pra mim sempre foi assim.

Acontece, que depois do choro só me restaram duas opções, seguir ainda que para isso fosse preciso voltar pelas mesmas estradas, à procura de um novo caminho. Ou desistir, e pra ser bem sincera, não sou dessas que desistem, não estou dizendo que nunca tive vontade, é que no fundo minha natureza me impele a seguir, dou passos curtos, ritmados e constantes, mesmo quando toda minha alma clama por inércia...

Agora você me pergunta se eu estou indo pelo caminho certo? Não sei... Mas com os caminhos errados, eu aprendi que não posso simplesmente voltar, seguir ou pular de um abismo sem acreditar, se é errado ou não a vida vai me mostrar.

Você não tem medo?

Como não ter? As cicatrizes que ficam após cada queda, servem para que eu me lembre de que dói, mas os sorrisos, os abraços, os bons e maus momentos divididos, esses deixam marcas invisíveis, porém mais fundas... É uma escolha seguir acreditando em dias melhores... Mas como eu disse não acreditar vai de encontro a minha natureza!

Sobre Amar...

Sim, sou romântica! 

Pode ser que o mundo todo acredite que romantismo é besteira, mas eu acredito no amor! Não esse amor de grandes coisas, eventos, de status e convenções sociais, mas no amor que não é preciso provar pros outros o que sentimos, um amor de dois... 

Acredito naquele amor que chega aos poucos, que nos faz ir mais longe, que compartilha os momentos, as alegrias e as tristezas, se preocupa, está sempre presente! Acredito no amor que nos faz crescer... 

Sou do tipo que fica mais feliz com uma única flor do que um buquê enorme, com um chocolate, ou qualquer besteira, por que não é o valor do presente, mas ser lembrada que importa... 

Sei que a gente quebra a cara e pensa em desistir, mas quando se ama, não uma pessoa, mas principalmente nos amamos, a gente aprende que quedas fazem parte da vida, e que levantar, nos deixa mais forte, que endurecer é inevitável, mas perdoar é a maior dádiva do ser humano, e que perdoando o outro, aprendemos a nos perdoar... Pode levar tempo, mas um dia entendemos que amar não é isso que ta nas comédias românticas e nas novelas, que não toca sinos nem tira os pés do chão, mas nos faz humanos e imperfeitos e amamos com todos os defeitos, todas as escolhas erradas e brigas... E sabe qual é a maior verdade sobre tudo isso? Que mesmo que o relacionamento acabe você vai continuar desejando que a pessoa seja feliz, e vai acreditar que o tempo vai lhe mostrar o melhor caminho... Sim, eu ainda acredito no amor e acredito na sabedoria da vida!

Despedaça-me

E então você está aqui, sinto teu cheiro, teus carinhos, cada pedacinho do teu corpo... Mas parece que há ausência em ti... Quero te prender, pra não te ver sair, sinto um abismo abrindo entre nós e tenho medo que não volte, ao mesmo tempo em que desejo imensamente nunca mais te ver.

Desejo ocupar teu lugar com outro abraço, com aquele que vai ficar em mim, comigo, que eu não vou ter medo de perder, porque ele vai me mostrar que por mais que eu tente, ele não vai me deixar ir...  

A minha ânsia em te afastar, me atrai pra você... Meu desejo de seguir é fuga dos teus braços... Em teus braços me deixei inteira, segura, imersa nesse sentimento de bem estar e quando você vai me sinto vulnerável, me espedaça a incerteza... Ando vivendo em pedaços... Repartidos por esse sentimento que já não cabe em mim, não me transborda! Me inquieta porque sei que preciso aprender a me desapegar de ti... 

Clara**

Amigo é coisa para se guardar

Debaixo de sete chaves

Dentro do coração

Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou

Ao ver o seu amigo partir (...)

Sei que a distância física não vai mudar o que sentimos uma pela outra, era sabido que um dia esse momento chegaria, que a vida que nos colocou juntas iria nos separar... É preciso criar asas, voar, crescer...

Você me ensinou muitas coisas, me ensinou a amar alguém bem diferente de mim, opostas alguns diriam, mas aprendemos juntas a respeitar nossas diferenças, duas teimosas, cheias de razão, como brigamos né? Mas a birra logo passa... Tudo sempre passou, temos uma à outra, e assim foi mais fácil passar cada etapa, seguir depois de cada queda e sorrir mesmo em meio aos choros, porque vc estava lá, fazendo graça pra me ver sorrir...

É prima, eu ainda não sei bem como vai ser não ter você por perto, para te perturbar, brigar, abraçar, chorar e sorrir muito, o tempo todo, te cuidar... Mas a vida quis que nos separássemos e tenha certeza que embora me doa ficar longe de você, eu estou muito orgulhosa por você estar seguindo seus sonhos e estarei sempre torcendo pelo seu sucesso. Quero sua felicidade! Quero que nossos sonhos se realizem!

Vou sentir sua falta todos os dias... vc é mais que uma prima, é amiga de todas as horas, confidente, companheira, irmã...

TE AMO!!!

Ela

Ela sonhava, em meio a lençóis e travesseiros macios, ao cheiro dele por todos os lados, ela dormia um sonho leve e tranqüilo... Um sonho bom...

Dias antes ela mal acreditaria que ainda era capaz de sentir algo assim, que ia sorrir a cada mensagem, cada brincadeira e telefonema... Mal cabia em si de tanto medo e êxtase, ela sabia que doía cair, sabia que o pior era ter que levantar depois da queda, mas ela quis acreditar, quis tentar.

Acordou, olhou pro o lado percebeu que ele não estava lá, em um breve instante tentou se iludir, acreditar que tudo voltaria ao normal, mas dia após dia a distância foi se tornando palpável, as mensagens deixaram de fazer parte dos seus dias, as ligações se tornaram raras, ela quis que a sensação boa de estar com ele voltasse, quis que nada mudasse, quis muito, mas o cheiro dele foi sumindo, assim como sua ausência foi se tornando real, ela sentiu a sensação de vazio, de perda, sentiu-se impotente...

Dias depois a mesma cama, não havia mais cheiros, só o vazio... Ela tentou apagar os maus pensamentos, quis não lembrar as coisas boas, quis que ele nunca tivesse aparecido, quis não acordar...

Acordou em mais um dia em que levantar da cama e seguir a vida parecia ser a única coisa certa a fazer... Ela ainda desejava todo o calor dos beijos dele, toda a sensação de bem estar...

E pela primeira vez ela deixou que as lágrimas caíssem, não acreditava que teria que se levantar outra vez... Chorou até adormecer...

Levantar-se novamente era a única coisa em que ela pensava, seguir em frente quando o que queria era voltar, recomeçar, reviver... Ela acreditou em si, em sua capacidade de seguir, de continuar... E foi o que ela fez... Seguiu...

Desejo

Não, não quero mais falar de medo... Quero mesmo é falar que desejo muitas coisas lindas, dizer que acredito na verdade estampada nos olhos, nos sorrisos, brincadeiras, quero acreditar no bem que as pessoas podem proporcionar...

Não quero esse mundo em que o amor parece ser tão volúvel, fútil, frágil... Quero amar por inteiro, fazer planos de ficar velhinhos junto, com filhos, netos, bisnetos!

Quero um amor que me faça crescer e que proporcione crescimento ao outro, risos intermináveis, carinho, atenção, problemas também, pq a vida não é feita só de momentos bons, mas que juntos a gente possa resolver os problemas que vierem a aparecer...

Ahhh sou romântica sim, incurável eu sei, e mesmo a vida tendo me deixando mais dura, menos crédula... Sou teimosa, e desejo intensamente, neste ano que ta terminando e no outro que já ta chegando um mundo melhor, pessoas melhores, muito mais amor, mais força para lutar por uma sociedade mais justa... E pra abrandar meu coração desejo um grande amor e que venha, cheio de alegrias...